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Hoje (30 de Julho de 2018) criei mais uma página no Facebook e mais um blog no WordPress. Os dois têm o mesmo nome: ambos se chamam “Eudaemonia Space” – Espaço de Eudaemonia.

“Eudaemonia” (εὐδαεμονία), termo grego também transliterado e grafado como “eudaimonia” (εὐδαιμονία), aponta para um conceito que nos foi legado pelos Filósofos Gregos Clássicos (Aristóteles se destacando entre eles). Etimologicalmente, a raiz do termo aponta para δαεμον, que é um termo que se refere a espíritos, divindades, ou até demônios. Um Eudaemon (εὐδαεμον) é um espírito bom, uma divindade do bem, um demoniozinho camarada (à semelhança do Gasparzinho, “o fantasminha camarada”), que nos ajuda a fazer o bem – algo mais do que um anjo da guarda… (Os anjos da guarda, se bem os entendo, parecem nos proteger das consequências nefastas e funestas até mesmo do mal que fazemos…)

“Eudaemonia” é aquilo que (por assim dizer) nos é dado por esse bom espírito, por essa divindade do bem. Coisa boa, que tem sido traduzida, de forma genérica, como felicidade, bem-estar, auto-realização, plenitude de vida – a sensação de quem fez o que se propôs fazer, executou a missão que se impôs a si próprio, agiu com serenidade, coragem, virtude e sabedoria, dando o melhor que havia dentro dele, cumpriu com o seu dever para consigo mesmo e para com os outros, deu sentido e significado à própria vida, coroando-a com os mais elevados lauréis.

Ná página e no blog que criei o termo “eudaemonia” significará felicidade e auto-realização – e mais o que acabei de descrever. Eudaemonia é tudo aquilo que a maioria absoluta das pessoas gostaria de alcançar ao longo da vida – tudo aquilo que está envolvido numa “vida bem vivida”.

Neste ano de 2018, em menos de quarenta dias, permitindo Deus (Deo volente), irei completar 75 anos de vida e dez anos de vida em comum com o grande amor de minha vida, a Paloma. O aniversário de vida será no dia 7 de Setembro e o de união conjugal no dia anterior, 6 de Setembro. Tudo dando certo, vamos celebrar as duas datas em Buenos Aires, tomando bons vinhos, comendo boa carne, ouvindo boa música, apreciando boa dança, rodando um pouco, e com calma, por uma cidade muito bonita.

A página e o blog são espaços virtuais de celebração, em que eu procurarei analisar e discutir o conceito de felicidade, de auto-realização, da boa vida, da vida bem vivida.

Como irei explicar em um artigo que publicarei proximamente, faz cerca de quarenta anos que esse conjunto de temas me fascina. Comecei a refletir sobre o assunto por volta de 1978, por aí. Na ocasião, já havia terminado o meu primeiro casamento e tentava fazer o segundo dar certo: tentava fazer a esperança triunfar sobre a experiência, como já disse alguém. E me irritava com minhas alunas do Curso de Pedagogia que achavam que a escola não deveria tentar ajudar os alunos a buscar e a encontrar a felicidade…

Mais recentemente, travei conhecimento com a obra de Martin E. P. Seligman e sua Psicologia Positiva. Seligman tentou, com seus inúmeros colegas e companheiros, fazer a Psicologia mudar de rumo, preocupar-se com as “sanidades” mais do que com as “insanidades”… com a plenitude da vida, com as coisas que dão certo, mais do que com os distúrbios e as disfunções mentais, as coisas que não dão certo e causam neuroses, depressão, até mesmo a morte prematura, não raro por suicídio.

Espero que esses temas sejam de interesse para um amplo grupo de leitores.

Em São Paulo, 30 de Julho de 2018.

Eduardo Chaves